Os andaimes de Notre-Dame, danificados e soldados pelo calor do grande incêndio de abril do ano passado, entram agora na segunda e última fase de desmontagem.
A altura da obra, o comprometimento da estrutura causado pelo incidente, questões de segurança e o mediatismo do acontecimento, fazem desta desmontagem uma das mais complexas e exigentes de que há memória.
Andaimes de Notre-Dame: são mais de 40.000 peças e 200 toneladas de ferro
Os andaimes que haviam sido montados, em 2018, para permitir o restauro da catedral ficaram bastante danificados pelo incêndio que ocorreu no dia 15 de abril de 2020 e consumiu parte do monumento.
A malha de ferro que compõe a estrutura de andaimes de Notre-Dame, sujeita a grandes temperaturas, vergou-se e soldou em alguns pontos, colocando em causa a integridade da estrutura. Mas, no entanto, não é apenas a condição estrutural do andaimes que preocupa os responsáveis pela empreitada. Existe também o receio que a abóbada e outras estruturas possam ser comprometidas durante o processo de desmontagem.
Antes da desmontagem a estrutura teve de ser foi consolidada
A queda de objetos, de partes da estrutura e o seu colapso são uma possibilidade. No sentido de mitigar esses riscos, os andaimes de Notre-Dame foram, antes de mais, sujeitos a uma intervenção de consolidação da estrutura, através da colocação de vigas.
Com a estrutura consolidada e recurso ao acesso feito por cordas, técnicos especializados vão cortar os segmentos de andaime que foram soldados pelo calor do incêndio, para que a estrutura possa ser desmontada gradualmente.
André Guedes Vaz
Aliando um década experiência como TSHST, numa empresa de andaimes que prestava serviços em contextos diversos, à formação em marketing digital, decidi fundar o Portal dos Andaimes. Um projeto de conteúdo dedicado a esta área e aos trabalhos em altura de uma forma geral, que visa preencher um espaço deixado vago, à demasiado tempo.
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